domingo, 21 de novembro de 2010

Bancos de Jardim




Bebedouro para galinhas

Bebedouro para galinhas:

O custo de produção na agricultura familiar é de grande importância para que os preços dos produtos produzidos sejam competitivos no mercado consumidor.
Dessa forma, faz-se necessário que se incentive a criatividade na produção e aperfeiçoamento de insumos e equipamentos simples e funcionais para esta camada da sociedade produtiva, de forma que a mesma possa aprender a fazê-los e utilizá-los.

Neste documento, apresenta-se um aperfeiçoamento de bebedouros confeccionados com garrafas tipo pet, já utilizado em criações de galinhas caipiras, acrescentando-se algumas
modificações, de maneira que o torna semi-automático após o enchimento da garrafa, mantendo sempre o mesmo nível da água a ser servida na bandeja .

Materiais necessários:
• Duas garrafas pet de 2,0 ou 2,5 litros.
• Dois pedaços de arame de aproximadamente 30 cm, um pedaço de arame fino para colar a tampa da garrafa à bandeja e outro mais grosso para fazer a argola para
pendurar o bebedouro.
• Cola do tipo resina para colar a tampa da garrafa e vedar os orifícios de fixação na bandeja .

Ferramentas utilizadas para fabricação do bebedouro:
• Faca e tesoura para o corte das garrafas.
• Lamparina para aquecer os arames e auxiliar na perfuração dos orifícios.
• Alicate para auxiliar nas dobras e esticamento dos fios.

Como fazer?
1. Cortar o fundo de uma das garrafas pet a uma altura aproximada de 4,0 cm e colar a tampa da garrafa no meio do fundo pelo lado interno, formando uma bandeja .
2. Furar dois orifícios no fundo da outra garrafa pet, de forma que um pedaço de arame possa formar uma argola para que a garrafa seja pendurada. Após a colocação do arame, vedar os
orifícios com a resina .
3. Abrir quatro orifícios de 3 mm de diâmetro após a rosca da tampa, na mesma altura e distância, na boca da garrafa, de forma que após o rosqueamento os orifícios fiquem livres da
tampa.

Terminado o procedimento, rosquear a bandeja na tampa da garrafa , ficando o bebedouro pronto para ser utilizado , bastando agora enchê-lo de água, rosqueá-lo e levá-lo ao galinheiro para servir água aos pintos e aves adultas .

Construa uma horta doméstica

Uma boa alimentação, principalmente durante a infância, é algo essencial para que as pessoas se desenvolvam com saúde e inteligência.
Para ser boa, a alimentação deve ser bem variada, pois cada produto que comemos nos abastece com uma quantidade e qualidade específica em proteínas, carboidratos, vitaminas e outros compostos essenciais para o bem-estar do nosso corpo.
Aproveitando melhor alguns pequenos espaços livres que temos em nossas casas (sacadas, varandas ou quintais), podemos produzir alimentos próprios que, além de significarem uma economia para a dona-de-casa, são também a garantia de um alimento de maior qualidade quando comparados aos que compramos.

As indicações que daremos a seguir são orientadas para se fazer uma horta nas melhores condições possíveis.
Se você não tem essas condições, não se preocupe muito e faça suas adaptações da melhor maneira que puder.

A Horta Doméstica
Uma horta exige atenção diária: nas regas, semeaduras, transplantes, controle do mato.
Por isso, deve ficar num lugar de fácil acesso, de preferência o mais próximo possível à casa da família.
Assim, é possível aproveitar melhor o tempo livre entre as diversas atividades do dia para cuidar dos canteiros.
Calcula-se que uma pessoa, trabalhando uma hora por dia, pode cuidar de uma horta de 100 metros quadrados, suficiente para alimentar 10 pessoas.

O que plantar, como e quando?
Antes de começar com a realização de sua horta orgânica, é importante que se pense em algumas questões básicas, como:
-Localização ideal e uso adequado
-Ferramentas e equipamentos
-Formas de reprodução das hortaliças
-Critérios para a escolha das espécies e variedades
-Como fazer a sementeira
-Adubo orgânico
-Rotação de sistemas de cultivo
-Critérios para a associação de espécies
-Aporte de água / Irrigação
-A escolha do local e seu uso adequado

Verduras e legumes exigem muito sol, se possível o dia inteiro.
Por isso, os canteiros não devem ser atingidos pelas sombras das árvores.
Outro ponto importante é a disponibilidade de água; esta deve ser limpa e disponível em abundância.

Quanto ao terreno, deve ser preferencialmente plano e os canteiros devem estar dispostos no sentido norte-sul para que as plantas recebam a mesma quantidade de luz dos dois lados.
Se o terreno for inclinado, deve-se posicionar a horta voltada para o norte, para permitir o melhor recebimento de luz, evitando-se assim os ventos frios da face sul.
Cabe lembrar que, em se tratando de hortas caseiras, geralmente não existe muita liberdade de escolha de local, pois se fica restrito aos limites do quintal.
Neste caso, torna-se muito importante a utilização adequada dos espaços disponíveis e dos microclimas existentes.

Veja como os espaços podem ser aproveitados:

Paredes e muros: podem servir de suporte para chuchu, abóbora, uva, moranga, maracujá, ora-pró-nóbis e ainda para vasos cultivados com espécies de pequeno porte (ervas medicinais e aromáticas, por exemplo).

Cercas de arame: funcionarão como espaldeiramento para chuchu, maracujá, uva, abóbora, feijão-vagem, pepino, tomate, cará-do-ar.

Garagens: a cobertura contra o sol pode ser providenciada por um produtivo pé de chuchu, de maracujá, de uva, cará-do-ar.

Árvores: em condições de boa insolação, algumas não se ressentem muito de servir de suporte para o chuchu, maracujá, cará-do-ar. À sua sombra poderão ser cultivadas espécies umbrófilas (que gostam de sombreamento) como a salsa, o coentro, a taioba, o dente-de-leão, o inhame.

Alpendres e áreas de serviço, sacadas, etc.: poderão abrigar vasos com plantas umbrófilas de pequeno porte

De um modo geral, podemos tomar como indicação que as hortaliças cultivadas para a produção de folhas (salsa, cebolinha, alface, coentro, etc.) toleram mesmo um severo sombreamento.
Já as raízes (cenoura, beterraba, nabo, etc.), bulbos (alho, cebola, etc.) e frutos (tomate, vagem, quiabo, berinjela, etc.) exigem um bom nível de insolação.

Ferramentas e equipamentos
Para o cultivo de hortaliças não é necessário investir numa série interminável de instrumentos caros e sofisticados.
O melhor é ir comprando na medida em que a necessidade surja, e exercitar a imaginação para construir você mesmo ferramentas adequadas a sua produção.

Para começar é suficiente que se tenha:
-Um enxadão – mais estreito e comprido do que a enxada, essencial para cavar, na preparação dos canteiros e na abertura de sulcos e valas;
-Uma enxada – mais baixa e larga do que o enxadão, complementa seu trabalho, sendo utilizada na formação dos canteiros, na capina, na amontoa e na mistura do esterco ou do composto orgânico;
-Um regador (de 10 a 20 litros) - é o instrumento ideal para regar a horta, pois seus esguichos são delicados o suficiente para não quebrar a haste delgada das plantas novas e para não descobrir as sementes, "escavando" o solo;
-Uma lata de 20 litros - fazendo-lhe uma alça, é prática para carregar estrume, composto e água;
-Uma ripa de aplainar medindo 80 centímetros;
-Um riscador feito de haste roliça - para fazer sulcos e pequenas covas;
-Um rolo de barbante - usado para alinhar canteiros
-Uma pequena faca ou canivete.

É evidente que muitos outros equipamentos e ferramentas facilitariam nosso trabalho e o tornariam mais produtivo.
A eventual impossibilidade de tê-los, entretanto, não deve representar impedimento para o cultivo de uma pequena horta.

Formas de reprodução das hortaliças
A maioria das hortaliças pode ser reproduzida por sementes (= por via sexuada).
É conveniente, porém, usar as formas assexuadas de reprodução, por meio de ramos, rizomas, bulbos, filhotes e outros.
As vantagens da via assexuada são a precocidade de produção e a reprodução fiel das qualidades da planta-mãe.
A principal desvantagem é a possibilidade de transmissão de doenças e pragas ao novo plantio.
Na reprodução por via sexuada, as sementes utilizadas serão as encontradas no comércio.

Antes de comprá-las, é importante que o horticultor tome os seguintes cuidados:
-Escolher espécies ou variedades adaptadas à região;
-Escolher as espécies adequadas ao clima e à época do ano;
-Comprar sementes com alto valor cultural (porcentual de germinação x porcentual de pureza)
-Critérios para a escolha das espécies e variedades

As espécies e variedades para merecerem nossa preferência para a pequena horticultura devem obedecer aos seguintes critérios:
-Crescerem de maneira vigorosa, sem necessitarem de agrotóxicos.
-Permitirem o maior número de associações possíveis com outras espécies.
-Apresentarem resistência às pestes em geral (insetos, doenças, competição com o mato).
-Terem ciclo natural curto, permitindo um maior número de colheitas.
-Terem porte relativamente pequeno, tendo em vista o reduzido espaço do qual se dispõe em hortas caseiras.
-É claro que se dispusermos de área maior, os dois últimos itens não serão essenciais.
-Haverá, então, a possibilidade de se cultivar hortaliças de grande valor nutricional que, pelo ciclo cultural extenso ou pela grande área exigida, acabam ficando de fora da maioria das hortas domésticas: cará, inhame, taioba, abóbora, andu ou feijão-guandu, entre outras.

Finalmente, muitas espécies frutíferas poderão conviver com a horta do quintal, melhorando a dieta familiar.

Deverão, contudo, apresentar algumas características de forma a não prejudicar o desenvolvimento das hortaliças:
-Devem ser rústicas e de pequeno porte.
-Devem ter o período de reprodução prolongado.
-Devem produzir pouca sombra ou permitirem a poda. Existem algumas espécies que perdem as folhas no inverno ou no período de seca.

Como sugestão, indicamos as seguintes espécies que atendem esses critérios: uva, figo, morango, mamão, marmelo, acerola, pitanga, amora, banana, maracujá (no muro).